Nada?
@ Passeio dos Clérigos, Porto
E, de repente, o nada.
O nada que transborda
de sensações à flor da pele.
O silêncio e um arrepio,
o sol e um chilreio,
o verde e o descanso.
A verdade do corpo sobre si mesmo,
rasgando as entranhas revolvidas
- como pode soar a peso,
mas ser tão bom!
Há nadas que valem tanto...
E tanto é tão pouco.
Deitado,
reconheço-me no toque da relva.
Suave e atrevido,
desafiante, sem perder de vista.
Na certeza de que, aqui,
pude ser apenas e só o que devia
- porque não há maior imposição
do que a que surge sem se impor.
Não posso chamar-lhe "nada"
porque em nada foi nada.
Foi "tanto", isso sim.
E tanto é tão pouco.
E, de repente, o nada.
O nada que transborda
de sensações à flor da pele.
O silêncio e um arrepio,
o sol e um chilreio,
o verde e o descanso.
A verdade do corpo sobre si mesmo,
rasgando as entranhas revolvidas
- como pode soar a peso,
mas ser tão bom!
Há nadas que valem tanto...
E tanto é tão pouco.
Deitado,
reconheço-me no toque da relva.
Suave e atrevido,
desafiante, sem perder de vista.
Na certeza de que, aqui,
pude ser apenas e só o que devia
- porque não há maior imposição
do que a que surge sem se impor.
Não posso chamar-lhe "nada"
porque em nada foi nada.
Foi "tanto", isso sim.
E tanto é tão pouco.
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