Fragmentos - parte II
@ Largo dos Lóios, Porto
E, depois, já não és quem foste sempre.
Porquê?
E, depois, já não és quem foste sempre.
Porquê?
Não questiones. Não merece a pena.
Até porque não voltarás a beber da mesma tinta,
essa que, em tempos, te pintou o rosto.
Nem voltarás a queimar-te na mesma chama,
essa que, outrora, foi a que te incendiou a alma.
Não procures em baús,
não subas às águas-furtadas,
não caves túneis no passado
nem enveredes por caminhos velhos.
És quem és agora. Só.
E se o és, a ti o deves.
(Mas sem ilusões, não só a ti!)
e se elevou
e se entregou nas tuas mãos.
não subas às águas-furtadas,
não caves túneis no passado
nem enveredes por caminhos velhos.
És quem és agora. Só.
És quem te permitiste ser
de cada vez que as circunstâncias te cercaram
e te amarraram o pensamento.
Mas és, acima de tudo, quem te permitiste ser
em todas as alturas em que o pensamento foi livre
e se fragmentou
de cada vez que as circunstâncias te cercaram
e te amarraram o pensamento.
Mas és, acima de tudo, quem te permitiste ser
em todas as alturas em que o pensamento foi livre
e se fragmentou
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