terça-feira, 14 de abril de 2015

#380


Mais um ano de vida (para mim).
@ Cete (estação de comboios)

               
A vida é uma dicotomia.
Celebramos datas e momentos,
aquando do fim
de outras celebrações.
Abraçamos as nossas alegrias
e nem sempre (re)paramos
e olhamos em volta.
Enquanto nos beijam e sorriem,
mesmo ao lado
a vida pode até ter cor
e asas e sonhos
e anseios e um fim.
E tem mesmo fim.
Mesmo a meio do nosso caminho,
a fragilidade abre uma porta
e deixa o seu alerta:
só quem voa, deixa um dia de o fazer;
só quem se ilude, acaba um dia por cair.
Não temos que fechar essa porta.
Mas não devemos também
deixar que ela nos consuma.
Há sempre uma janela
por onde entra luz:
a luz da crença
e da felicidade;
a luz da confiança
e da intensidade;
a luz da celebração da vida
(porque enquanto há vida não há só esperança,
mas tem que haver sobretudo esperança).


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Obrigado à Rute por este miminho personalizado! :)
São gestos assim que nos fazem sentir especiais.
Um beijo para ti.
               

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